VOTO
É COISA SÉRIA
É
uma verdadeira corrida, a qual o alvo é todos nós eleitores. Pelas ruas já
podemos ver santinhos, banners, faixas, carros repletos de adesivos e
candidatos que vão e vêm, alguns desnorteados, outros cantando a vitória,
anunciando até mesmo o número de votos, não sei se alcançado ou que alcançarão,
como se fossem uma urna, que pelo avanço da tecnologia, antes mesmo de ser
usada, já aponta os votos que serão nela registrados.
Será
que são videntes? Não sei! O que nós eleitores sabemos é que o processo vai caminhando
para o seu encerramento, e ainda, muitos eleitores não sabe que existe um
processo eleitoral em pleno avanço.
Recebi
um e-mail de um leitor/eleitor que achei muito interessante sua colocação, pois
já no início de seu e-mail, ele foi logo dizendo: “cada eleição que ocorre,
mais decepcionado com a política eu vou ficando, não há como confiar em nossos
políticos, pois só fazem e agem no período da campanha eleitoral, depois todos
somem e não cumprem o que prometeram”.
Lamentavelmente,
tive que concordar com o leitor/eleitor, pois muitos políticos, sem querer
generalizar, só encontram com o seu eleitorado no período de campanha, só fazem
alguma coisa nesse período, pois nos três anos de seu mandato, ficam apenas
preocupados com si mesmo, não importando com as necessidades do povo e muito
menos com as ações do Estado.
Caro
leitor/eleitor é por isso que devemos lutar para que possamos conscientizar
mais o eleitorado brasileiro, para que todos possam participar ativamente de
todo o processo eleitoral, ou seja, acompanhar as ações da União, dos Estados e
dos Municípios, verificar como nossos políticos estão agindo, quem está fazendo
e quem não está fazendo, quem está envolvido em corrupção e escândalos. É
preciso reconhecer aqueles que fraudam o erário público e desestruturam todo o
processo político nacional.
Política
é coisa série, por isso deve ser vivida por todos nós, pois sabemos que para
viver em sociedade é preciso que façamos política. Ela está no seio da família,
da igreja, da comunidade, em nosso trabalho, em fim, em toda sociedade. Não há
como eliminarmos a política da nossa vida, o que temos que fazer é eliminarmos
do nosso meio político as pessoas corruptas, individualistas, interesseiras e
antidemocráticas, que visam sempre o interesse próprio, jamais o comum.
A
Constituição Federal de 1988 instituiu em seu preâmbulo o Estado Democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, e a
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica.
Assim,
caro eleitor, não podemos ser omissos, pois cabe a todos nós cidadãos
comprometidos, fazermos com que seja
garantido a todos os direitos assegurados constitucionalmente. A política não
muda sozinha, não sofrerá alteração se o eleitor for omisso e não participar,
ao contrário, ela será cada vez mais desprezível. Não adianta nós cidadãos
dizermos que não gostamos de política, ou que não queremos participar, pois
quem será afetado diretamente com todo processo será nós mesmos.
Vejo
muitos lideres, de diversos segmentos, falarem aos seus seguidores que eles não
querem saber de política. Vendo tal atitude, fico a pensar: em que sociedade
vivem esses cidadãos, o que eles esperam para si e seus seguidores? Será que
não vivemos na mesma sociedade? Quem promoverá as mudanças que todos os cidadãos
esperam? E a saúde? E a educação? Como melhorá-las? Será que ignorar a situação
crítica em que vivemos é a solução? Será que é melhor deixar que os políticos
decidam da forma que melhor provierem. Claro e evidente que não! Se quiser
mudar algo, deve participar, envolver-se, para que sua participação intervira
no processo e os seus objetivos sejam alcançados.
Por
isso, acompanhe todo o processo eleitoral do seu município, veja quais as
propostas de seu candidato, sua trajetória política, o que ele fez quando estava
com sua procuração, e o que ele realmente poderá fazer se você lhe conceder tal
representação.
A
Justiça Eleitoral está fazendo a parte que a ela compete, mas quem dá o direito
de representação somos nós eleitores. O voto é coisa séria, pense nisso!
Hernando Fernandes da Silva
Advogado e Professor
Twitter:
Hernandoadv
www.hernandoadvogado.blogspot.com
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